quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Os novos futuros planos atuais


Sábado 10/09
Começamos o dia bem cedo. Sem enjoos, mas as cólicas ainda um pouco incômodas.
Procurar apartamento não é tarefa fácil. Ouvir todo aquele lero do corretor de imóveis, ficar sonhando com o bebê correndo no corredor. Pensar nas grades ou telas para que ele não caia quando for pendurar na janela. Enquanto o corretor conversava com o Jorge, eu fiquei observando as fotos da projeção do condomínio, que ainda não saiu da planta, na parte do parquinho, da brinquedoteca...  Estava ficando irritada de ter que ficar tanto tempo sentada, sentindo cólica. Poderia ser mais simples: oi tudo bem, eu quero um AP, legal, é esse, aqui estão as chaves, ok, pagamento?, por mês é isso aí, ah muito alto, então pode ser tanto?, sim, fechado, ok, tchau. Olha que lindo seria! Hahaha... ai ai.

Após o momento visita ao decorado, resolvi que a minha mãe finalmente seria informada. Fomos até a casa dela e sem muito lero lero, minha paixão levou meu irmãozinho para passear até a padaria e eu fiquei com a minha mãe, tentando brincar de indiretas... Ela não foi muito sagaz - como eu esperava - e fui mais explícita (além de ter saído de casa de sandália baixíssima que não costumo usar e vestido longo colado na barriga) "não podemos abusar de grana agora mami, pq vc vai ser..." eu nunca posso completar a frase "você está grávida!!!" ela completou. Hunf! "Ahhhhhhhhhhhhhhhh haaaaaahahaaaa... eu sabia! Bem que eu reparei que você estava mais cheinha. Não era possível estar na academia e engordar. Ah, é menina, já sei..." e falou algumas coisas a mais. Ressalva aqui: MENINA. Mais uma aposta no rosa. Como de praxe eu não me inclinei para nenhum lado ainda. as foi muito satisfatório assistir a reação dela. Afinal ela é a MINHA MÃE. Deve entender bem como estão as coisas para mim. Conversamos mais sobre o acontecimento, métodos contraceptivos - não há como escapar desse assunto - moradia, estudos, família, meu pai... Meu pai. Comentei com ela que a idéia era mandar uma cartinha, com um par de sapatinhos pelo correio para ele, pela distância e tudo mais. Ela notou no mesmo momento -agora ela foi sagaz - que eu faria isso por estar apreensiva - totalmente - com a reação dele e já me confortou "Você tem é que ligar logo para ele. Não tem motivo para adiar a notícia. Ele vai falar o que? Está achando que ele vai brigar com você? Ele vai ficar feliz! Isso é motivo para sorrir. Conta logo!". Achei linda a atitude dela e deu para notar que, apesar de ela não falar muito sobre sentimentos, eu realmente poderia contar com todo o apoio que sairá dali nos próximos meses, anos...sempre. Perguntei se ela ficara feliz, e não precisaria nem dizer, depois do sorriso que ela deu antes de responder que SIM! E tão logo mudou o rumo do assunto para: "Vamos até a ótica pegar meus óculos. Estão prontos ha uma semana ...". Acabei de rir, enquanto escrevia isso. Minha mãe é fantástica. Saímos e no caminho vinham de encontro a nós o papai e o meu irmão caçula, com olhar espantado, mas um sorrisinho discreto no rosto. Soube depois que naquele momento - em que nos avistamos - ele tinha acabado de saber a notícia. Eu não sabia que ele saberia pelo Jorge e não por mim. Fiquei enciumada, confesso, mas gostei muito da reação do pequeno também (meu irmão tem apenas 12 anos). Ele me abraçou, forte, como sempre (muito apegado a mim). Rapidamente começou a chorar e rir, super emotivo que é, perguntei se ele estava feliz e ele respondeu como a minha mãe um pouco antes. O confortei um pouco, dizendo que ele iria me ajudar a ninar o bebe, e que seria um tiozão bem bacana.
Não preciso descrever mais sobre o final do dia em casa. Só a forma como a notícia foi passada já é suficientemente boa para ser recordada. Bem, nos planos do dia estavam contar para a minha mãe e irmão caçula, mas também para o meu sogro.
Operação secreta de revelação - parte II: seguimos para a casa do Jorge novamente. Minha sogra estava trabalhando no sábado (último do ano) e meu cunhado a jogar video-game no quarto de cima. Meu sogro estava na cozinha quando entramos, cortando salada. "Pai, preciso conversar com o senhor..." disse o novo papai, um pouco ansioso. Eu ri novamente, ao escrever este trecho da história. "Pode falar, Jun... - nome dito pela metade - fala aí". Meu sogro é muito engraçado... Enquanto eles 'conversavam' eu fui subindo a escada, mas ouvi partes da 'conversa'. Essa parte merece destaque:
- Pai... a Marina está grávida...
- Olha...quando eu tinha a sua idade meu filho já tinha 5 anos. (rindo, mas emocionado)
- (risos) Eu vou ser pai...
- Que bom né... ainda bem que você não vai ser mãe...
Foi daí para diante a gozação dos dois. Diferente do que o papai (do meu bebe) pensou, o meu sogro foi completamente tranquilo e muito compreensivo. Por ter sido pai cedo, talvez, ele entenda que esse momento deve ser apoiado e não questionado ou criticado. Seus olhos chegaram a lacrimejar, mas o durão mudou o rumo da prosa antes de deixar a lágrima cair. Conversamos sobre casas, apartamentos, financiamentos e consórcios... E assim terminou tudo bem.
Fomos buscar a tia Ana (a tia que soube primeiro) mais tarde, quando a minha sogra chegou do trabalho e passamos o final do dia em casa. Como tenho preferido ficar nos últimos tempos. Ando totalmente cansada e sonolenta - mais que o normal.

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Marina Minari