Já são 6 meses de... Qual será o seu nome?... E nem isso
temos ainda. Seis meses de uma gestação tão desejada, tão planejada e esperada
por mim, que, há quem dirá, não estou sabendo curtir e aproveitar.
Como é mesmo que isso acontece? Pode ser apenas pela situação
inconstante pela qual estamos e que de forma alguma estavam nos meus planos.
Pode ser por tantas preocupações alheias a ele. Pode ser, confesso, até um
pouco pelo fato de ter sido desenganada a respeito do sexo. Pode ser pela
notícia repentina de um caso raro de AUU (Artéria Umbilical Única) e tudo o que
essa notícia causou dentro de mim, até o momento de ter sido tranquilizada
sobre a real (falta de) gravidade da condição. Inúmeras situações e condições
emocionais que eu terminaria o dia detalhando e podem se tratar, no final, de
apenas hormônios e instabilidade emocional gestacional.
O simples fato de já existir um príncipe pode ser motivo do
consumo do meu tempo e atenção, eu sei também. Só não quero ouvir agora que eu
sonho demais, planejo demais, milímetro demais as ações e por isso – como se
essa definição solucionasse meus dilemas internos – eu deva estar “assim”. Define
assim: decepcionada, desanimada, frustrada, sem perspectiva, sem conexão. Estou
carregando um ser iluminado e nunca me senti tão sozinha. Tenho a minha volta
muita gente, mas me falta algo essencial, e eu não sei dizer o que é.
Depois de 6 meses eu começo a escrever sobre essa gravidez e
não sei resumir os momentos que vivenciei antes disso. Estava escrevendo a mão,
num caderno destinado a ser meu diário, mas por ter tantos despejos de
lamentações, parei de escrever.
Só consigo ecoar na minha mente que eu esperava que fosse
diferente. Esperava curtir o barrigão, algo que toda mãe diz sentir tanta
falta, e eu não era diferente disso. Esperava ter muitas fotos. Esperava estar
mais, infinitamente mais feliz. Esperava estar a espera. E nem isso estou. Não
fico ansiosa pelos ultrassons, não fico ansiosa em comprar uma peça de roupa.
Não estou com pressa de decorar o quarto. O chá de bebe está reservado para
menos de um mês e me falta animo para planeja-lo. Sequer enviei convites. Não
escolhi um nome.
Gael eu tentei, mas mesmo após espalhar aos ventos não pude
chama-lo pelo nome. Então recomecei... Luiz Antonio, Olavo, Dom, Valentim,
Noah, Daniel, Lorenzo, Samuel, Nero... Qual será o seu nome? Você deve me dar
uma luz, me dar um sinal, porque eu quero te reconhecer, chegar até você. Não
acho o caminho.
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Marina Minari