sábado, 22 de abril de 2017

Quando assisti 13 Reasons Why | Reflexão e Sentimentos

Felizmente não conheci quem tenha cometido suicídio. Mas
conheço quem já tenha sofrido abuso de todos os níveis, estupro. Conheço muitas
pessoas que já sofreram assédio. Mulheres, crianças, héteros e gays. Eu já
sofri. Você já sofreu. A clareza dos fatos está cada dia mais nítida. O
inocente e despretensioso “fiu fiu” na rua é assédio, sim. É simples. É
discreto. Mas é ofensivo. É invasivo.
Nem todo mundo quer ser uma vitrine. Nem todo mundo pediu
para ser notado. Pelo menos não pediu para ser notado daquela forma. Essa falta
de respeito começa pequena e se torna assassina.
Hoje vamos  falar
sobre quando eu assisti 13 reasons why. Sobre assédio, bulling, desrespeito,
estupro, suicídio.
Na nossa época não tinha nome, mas já existia. Muitos de nós
passaram por isso e superaram. Muitos também, fingem que superaram. E outros
podem nem estar aqui para contar.
Antes de assistir essa série eu pensei... pra que? Já está
aí na mídia mesmo o tempo todo. Bulling é a palavra do momento. Todo mundo
sofreu e de alguma forma vai sempre gerar o famoso ‘mimimi’. Quando comecei a
assistir, pensei “mas que série chata, mal amarrada. Cheia de cena pra encher
linguiça, tanto suspense vazio”...
Não vou falar do miolo para tentar não dar spoiler.
Foi nos dois últimos episódios que me dei conta que era como
se EU estivesse ouvindo as fitas. A trama foi se construindo na minha cabeça e
quando você nota já está envolvido com as personagens. Tive raiva por muitos
fatos mostrados, mas achei que outros eram pequenos... Precisou ter cena de
abuso sexual para eu me dar conta do nível que as coisas podem chegar. As cenas
do suicídio eu não achei forte por ter noção de ser uma representação. Acho até
que as cenas não chegam a ser ofensivas (falando em questão de fotografia), mas
o contexto todo. A emoção que o assunto e o contexto nos leva a sentir com o
decorrer dos fatos é o mais intrigante.
Cada adolescente, e oh fase... Cada personagem apresenta a
sua verdade. E a frase que prevalece é “a gente nunca sabe o que está
acontecendo na vida do outro”. Esse mundo, bem se sabe, esta precisando cada
vez mais de amor. Amor ao próximo e muito menos julgamento da dor do outro.
Uma vítima de abuso se sente culpada. Sente que não pode
compartilhar a sua dor pois será julgada ou incentivada a seguir em frente e
buscar o esquecimento. Mais do que cuidar dos nossos filhos e incentivá-los a
não serem quem pratica o bulling, precisamos faze-los fortes. Fortes e
confiantes de si. Para que não se permitam essa omissão.
Não, a culpa nunca será da vitima. Precisamos criar e moldar
nossos filhos para não serem os agressores, mas se assim for, eles acabarão
sendo os agredidos em algum tempo. E não precisa ser nenhuma das opções.
Os dois últimos episódios da temporada deixaram algumas
pontas soltas, e muito a se pensar. Talvez para uma segunda temporada? Muito a
sentir. Ainda estou digerindo a verdade que esse seriado me trouxe. E espero
não terminar de digerir jamais. Para que eu não perca essa sensibilidade.
Me peguei em vários momentos desejando que fosse mentira.
Que a personagem principal não estivesse morta de fato. E a sensação de
impotência só aumentava quando se davam os fatos e provas de que ela já estava mesmo
morta. Você pensa nos seus filhos, irmãos, amigos, primos... pensa em todos que
já viu triste e se sente mal por não ter dado atenção a quem quer que seja em
algum momento da vida que estava “com pressa ou sem tempo” para isso.
A sensação de impotência.
Nos mostra como a idéia das pessoas é distorcida em relação
ao que se quer. Me fez pensar na luta das feministas. Mas essa não é uma luta
só do feminismo. É questão de humanidade.
Eu não saberia como fechar este assunto. Não imaginei que
traria para o canal algum assunto polemico. Mas vejo esse vídeo como um
desabafo. Como um mural de socorro. Meu coração está apertado novamente.
Enquanto faço essa pauta o nó na garganta amarra cada fez mais forte. Nosso
corpo não significa nada. Nosso corpo é só uma embalagem. Um pacote.
Vamos valorizar a vida. Preservar as relações saudáveis e
sinceras. Cultivar o amor. Espalhar caridade. Olhar mais para o próximo. Se
colocar na pele ainda que seja impossível saber o que passa na vida de outra
pessoa. Vamos ensinar respeito pelo exemplo. Começa com respeitar a nós mesmos.


Se você chegou aqui por estar se sentindo destruído. Se você
chegou nesse vídeo por estar na situação da Hannah, eu te peço: olhe para trás.
Reveja tudo. Novamente. Espere mais um dia. E amanha tente retomar suas forças
de novo. Procure ajuda. Procure com mais alguém. Procure até encontrar. Não
desista. Não desista da vida. Nenhuma outra pessoa é mais importante do que
você para merecer que você deixe de existir. Escolha viver!

quinta-feira, 13 de abril de 2017

4 DIY de páscoa | Especial

Essa semana tem vídeo de páscoa no canal. Com direito a carinha de "cueia" com orelhas de trancinha e tudo. 4 tutoriais fofos pra ficar mais colorido nessa páscoa. Vem ver!



domingo, 9 de abril de 2017

Terror noturno - de novo


As crises de terror noturno do Theo chegaram por volta dos 2 anos (provavelmente junto com o Terrible Two) mas, porque nos prendemos tanto a esses termos técnicos?

Quando começa uma nova fase na vida do bebê (principalmente enquanto bebê) sempre há grande euforia dos pais. No primeiro filho é uma nova descoberta a cada mês (ou semana), medos, sensações diferentes, ansiedade. Mas no segundo filho, a coisa vem com um toque diferente. No início a gente acha que já entende de tudo. Que já passou por tudo. Que ao sinal da primeira cólica, vai tirar de letra.
Lembro-me quando o Theo foi internado por causa de um abcesso (aos 4 meses) por 2 noites para tomar antibiotico na veia. Chorei mais que um recem nascido de cabeça pra baixo levando tapa na bundinha. Senti doer meu coração. Na fila do PA uma outra mãe me disse: "calma, mãezinha, é seu primeiro? Logo você fica mais forte". Balela.

De fato eu me sinto mais segura em muitas questões desde que Samuel nasceu. Mas muita coisa eu NEM LEMBRAVA que tinha passado com o Theo e me deparo na mesma situação atualmente. É o caso do terror noturno.

Samuel está com 1 ano e 6 meses e há alguns dias começou com as crises de terror noturno. Acorda chorando no meio da noite, mas sem "acordar". É desesperador. Ele chora de dar gritos com os olhos apertados e nada faz com que se acalme. Nas primeiras vezes eu achei que era alguma dor. Pesadelo, até. Outras eu só ficava com cara de espanto sem entender nada mesmo. Tentando encontrar um rumo no meio daquela noite turbulenta. Pareciam horas de choro. Não eram horas, mas sim poucos minutos.

Volto eu para a querida internet, que antes eu fazia tanto uso, mês a mês quando da primeira infancia do Theo. E agora por me achar muito sabida, sendo mãe de segunda viagem, me deparo com tantas coisas iguais vividas de forma nova que não faço uso dessa magnifica ferramenta. Sites e foruns de mães e médicos pediatras e curiosidades e mais sites e opa, como vim parar no facebook? Como a gente se perde nessa internet.

Voltei pra realidade. Desci da nave e me atualizei. CRISE DE TERROR NOTURNO. Não "deveria" começar tão cedo, mas quem sou eu para decidir o desenvolvimento desse ser tão complexo.
Agora é apenas carinho, cafuné, "mamãe está aqui", colinho e muita calma e paciência para esperar a crise acabar e voltarmos a dormir tranquilamente. Como se nada houvesse.

Curiosidade
Como distinguir TERROR NOTURNO de PESADELO?
A principal caracteristica a ser observada é o momento da crise do choro. Apos dispensados casos de dores e desconfortos, claro. 
O PESADELO ocorre na segunda metade do tempo de sono (R.E.M) o que geralmente é pelo fim da madrugada.
O TERROR NOTURNO ocorre logo no início do sono, antes de entrar numa fase profunda. O que aqui é por volta de 3h após ir dormir.

No pesadelo a criança acorda assustada, mas apresenta os fatos (ou, caso não fale ainda, se mostra assustada mas acorda). Já no terror noturno a criança pode sentar-se, abrir os olhos, até mesmo caminhar e ainda estar em transe (pode nem te "reconhecer").
Recomenda-se que não tente acordar a criança em transe e os especialistas afirmam que esses casos não ocorrem mais do que cerca de 2x na semana, com duração de até 15 minutos cada crise. Podendo acontecer mais de uma vez na mesma noite. Apesar dos estudos indicarem ser comum em crianças de 2 a 5 anos, é muito provavel que acabe antes disso. (Ufa)

Porque acontece?
Também segundo os especialistas, em resumo, trata-se de uma etapa de desenvolvimento cerebral onde as sinapses estão fazendo seu trabalho e as vezes acontecem essas "panes".

Vale lembrar
As crianças sofrem uma amnesia seguida do disturbio do terror noturno, que faz com que saiam dessa experiencia ilesas. Além de não se lembrarem de nada, isso não causa nenhum dano.

Dá pra tratar?
Recomenda-se que seja diminuido o ritmo de atividade da criança, numa boa rotina de sono, diariamente. Ter uma rotina de sono pode ajudar a acalmar a criança para uma noite mais tranquila. Assim como uma noite agitada pode gerar mais chances de crises ou pesadelos (até de simples inquietude do sono). Porém, não há garantia de que não haverão crises seguindo a rotina de sono. Por outro lado, as crises tendem a diminuir a medida que a criança cresce (muito reconfortante).

Em resumo, o que cabe a nós é esperar mais essa etapa passar. E tentar tirar o melhor proveito, será possível?, desta fase também.

Beijos em trio

Sem rodinhas

O título dessa postagem define bem como está a atualidade.
Theo pediu pra tirar as rodinhas da bike. Sem antes saber se conseguiria, ele chegou e disse "por que ainda tenho rodinhas?". Retiramos e ele tem tentado, com evoluções a cada nova tentativa, andar sem as rodinhas.
Ao passo que samuel se arrasta pela casa desde que completou 6 meses, poucas semanas atrás.

Os meninos estão crescendo... depressa, sim.

(esse post estava guardado nos rascunhos. Resolvi soltar, só para caminhar de novo com o conteúdo sobre os meninos  Voltei minha gente!)