domingo, 9 de abril de 2017

Terror noturno - de novo


As crises de terror noturno do Theo chegaram por volta dos 2 anos (provavelmente junto com o Terrible Two) mas, porque nos prendemos tanto a esses termos técnicos?

Quando começa uma nova fase na vida do bebê (principalmente enquanto bebê) sempre há grande euforia dos pais. No primeiro filho é uma nova descoberta a cada mês (ou semana), medos, sensações diferentes, ansiedade. Mas no segundo filho, a coisa vem com um toque diferente. No início a gente acha que já entende de tudo. Que já passou por tudo. Que ao sinal da primeira cólica, vai tirar de letra.
Lembro-me quando o Theo foi internado por causa de um abcesso (aos 4 meses) por 2 noites para tomar antibiotico na veia. Chorei mais que um recem nascido de cabeça pra baixo levando tapa na bundinha. Senti doer meu coração. Na fila do PA uma outra mãe me disse: "calma, mãezinha, é seu primeiro? Logo você fica mais forte". Balela.

De fato eu me sinto mais segura em muitas questões desde que Samuel nasceu. Mas muita coisa eu NEM LEMBRAVA que tinha passado com o Theo e me deparo na mesma situação atualmente. É o caso do terror noturno.

Samuel está com 1 ano e 6 meses e há alguns dias começou com as crises de terror noturno. Acorda chorando no meio da noite, mas sem "acordar". É desesperador. Ele chora de dar gritos com os olhos apertados e nada faz com que se acalme. Nas primeiras vezes eu achei que era alguma dor. Pesadelo, até. Outras eu só ficava com cara de espanto sem entender nada mesmo. Tentando encontrar um rumo no meio daquela noite turbulenta. Pareciam horas de choro. Não eram horas, mas sim poucos minutos.

Volto eu para a querida internet, que antes eu fazia tanto uso, mês a mês quando da primeira infancia do Theo. E agora por me achar muito sabida, sendo mãe de segunda viagem, me deparo com tantas coisas iguais vividas de forma nova que não faço uso dessa magnifica ferramenta. Sites e foruns de mães e médicos pediatras e curiosidades e mais sites e opa, como vim parar no facebook? Como a gente se perde nessa internet.

Voltei pra realidade. Desci da nave e me atualizei. CRISE DE TERROR NOTURNO. Não "deveria" começar tão cedo, mas quem sou eu para decidir o desenvolvimento desse ser tão complexo.
Agora é apenas carinho, cafuné, "mamãe está aqui", colinho e muita calma e paciência para esperar a crise acabar e voltarmos a dormir tranquilamente. Como se nada houvesse.

Curiosidade
Como distinguir TERROR NOTURNO de PESADELO?
A principal caracteristica a ser observada é o momento da crise do choro. Apos dispensados casos de dores e desconfortos, claro. 
O PESADELO ocorre na segunda metade do tempo de sono (R.E.M) o que geralmente é pelo fim da madrugada.
O TERROR NOTURNO ocorre logo no início do sono, antes de entrar numa fase profunda. O que aqui é por volta de 3h após ir dormir.

No pesadelo a criança acorda assustada, mas apresenta os fatos (ou, caso não fale ainda, se mostra assustada mas acorda). Já no terror noturno a criança pode sentar-se, abrir os olhos, até mesmo caminhar e ainda estar em transe (pode nem te "reconhecer").
Recomenda-se que não tente acordar a criança em transe e os especialistas afirmam que esses casos não ocorrem mais do que cerca de 2x na semana, com duração de até 15 minutos cada crise. Podendo acontecer mais de uma vez na mesma noite. Apesar dos estudos indicarem ser comum em crianças de 2 a 5 anos, é muito provavel que acabe antes disso. (Ufa)

Porque acontece?
Também segundo os especialistas, em resumo, trata-se de uma etapa de desenvolvimento cerebral onde as sinapses estão fazendo seu trabalho e as vezes acontecem essas "panes".

Vale lembrar
As crianças sofrem uma amnesia seguida do disturbio do terror noturno, que faz com que saiam dessa experiencia ilesas. Além de não se lembrarem de nada, isso não causa nenhum dano.

Dá pra tratar?
Recomenda-se que seja diminuido o ritmo de atividade da criança, numa boa rotina de sono, diariamente. Ter uma rotina de sono pode ajudar a acalmar a criança para uma noite mais tranquila. Assim como uma noite agitada pode gerar mais chances de crises ou pesadelos (até de simples inquietude do sono). Porém, não há garantia de que não haverão crises seguindo a rotina de sono. Por outro lado, as crises tendem a diminuir a medida que a criança cresce (muito reconfortante).

Em resumo, o que cabe a nós é esperar mais essa etapa passar. E tentar tirar o melhor proveito, será possível?, desta fase também.

Beijos em trio

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Marina Minari