segunda-feira, 15 de junho de 2015

SAMUEL





Está definido. É Samuel. Agora já faz uma semana que foi definido, e começo a me acostumar. Mas ainda me refiro a ele como bebê muitas vezes, confesso. Theo também o chama de nosso bebê. Todos ficaram confusos com essa confusão dos sexos e nomes sem fim.
Agora é chegado o tempo de fazer o cha de fraldas. Determinei a data, mas a outra nova é que: ainda não há absolutamente NADA feito. Hoje anunciei aos familiares proximos a data e pedi ajuda com os pratos salgados.

25 semanas estamos hoje. Fiz um par de sapatinhos por indicação da minha queridona Roberta, mas ainda não sei não... comecei a me preocupar com outras coisas, pulei a parte de curtir "o barrigão" (que nem tá grande), e fui direto pra busca de um G.O. que me acompanhe. Agora que temos convenio novamente vai aliviar a ansiedade de pagar cada passo dos exames. Mas estou mais preocupada com o parto do que quando era mamãe de primeira viagem. Nunca vi isso...

Semana que vem vou ao encontro de mamães aqui da cidade.. conhecer umas doulas, esperando me entender com alguma bacana. Vamos visitar o hospital que estou em mente (diferente de onde tive o Theo) e quero que isso tudo se ajuste pra me tranquilizar novamente.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Qual será o seu nome?


Já são 6 meses de... Qual será o seu nome?... E nem isso temos ainda. Seis meses de uma gestação tão desejada, tão planejada e esperada por mim, que, há quem dirá, não estou sabendo curtir e aproveitar.
Como é mesmo que isso acontece? Pode ser apenas pela situação inconstante pela qual estamos e que de forma alguma estavam nos meus planos. Pode ser por tantas preocupações alheias a ele. Pode ser, confesso, até um pouco pelo fato de ter sido desenganada a respeito do sexo. Pode ser pela notícia repentina de um caso raro de AUU (Artéria Umbilical Única) e tudo o que essa notícia causou dentro de mim, até o momento de ter sido tranquilizada sobre a real (falta de) gravidade da condição. Inúmeras situações e condições emocionais que eu terminaria o dia detalhando e podem se tratar, no final, de apenas hormônios e instabilidade emocional gestacional.
O simples fato de já existir um príncipe pode ser motivo do consumo do meu tempo e atenção, eu sei também. Só não quero ouvir agora que eu sonho demais, planejo demais, milímetro demais as ações e por isso – como se essa definição solucionasse meus dilemas internos – eu deva estar “assim”. Define assim: decepcionada, desanimada, frustrada, sem perspectiva, sem conexão. Estou carregando um ser iluminado e nunca me senti tão sozinha. Tenho a minha volta muita gente, mas me falta algo essencial, e eu não sei dizer o que é.
Depois de 6 meses eu começo a escrever sobre essa gravidez e não sei resumir os momentos que vivenciei antes disso. Estava escrevendo a mão, num caderno destinado a ser meu diário, mas por ter tantos despejos de lamentações, parei de escrever.
Só consigo ecoar na minha mente que eu esperava que fosse diferente. Esperava curtir o barrigão, algo que toda mãe diz sentir tanta falta, e eu não era diferente disso. Esperava ter muitas fotos. Esperava estar mais, infinitamente mais feliz. Esperava estar a espera. E nem isso estou. Não fico ansiosa pelos ultrassons, não fico ansiosa em comprar uma peça de roupa. Não estou com pressa de decorar o quarto. O chá de bebe está reservado para menos de um mês e me falta animo para planeja-lo. Sequer enviei convites. Não escolhi um nome.
Gael eu tentei, mas mesmo após espalhar aos ventos não pude chama-lo pelo nome. Então recomecei... Luiz Antonio, Olavo, Dom, Valentim, Noah, Daniel, Lorenzo, Samuel, Nero... Qual será o seu nome? Você deve me dar uma luz, me dar um sinal, porque eu quero te reconhecer, chegar até você. Não acho o caminho.